Uma Entrevista com Michael Staley
Não há ninguém que trabalhe
com o oculto com
conotações mais estranhas que Kenneth Grant.
Há décadas, no entanto, o
famoso escritor britânico e discípulo de Aleister Crowley, têm vida solitária, longe dos holofotes.
Então, tentando entrar em contato com ele, me encontrei com
seu braço direito e agora
líder da Ordem Tifoniana,
Michael Staley. O
diálogo que se seguiu entre nós
foi muito interessante, porque, pela primeira
vez, uma revista grega teve
acesso às profundezas
da Tradição Tifoniana...
George Ioannidis
Sr. Staley, em primeiro lugar você poderia nos contar brevemente como
você chegou ao ocultismo? O que exatamente o atraiu para este campo?
O mais longe que posso me lembrar na minha infância,
é que sempre fui interessado em
fantasmas e similares. Quando
entrei em minha adolescência, instalou-se
um interesse em Espiritualismo, pelo
ocultismo e misticismo oriental,
especialmente o Budismo. Lembro-me de ser fascinado por Lobsang Rampa
na época. Na década de 1960 eu me tornei cada vez mais consciente do nome de Aleister Crowley.
Logo depois que houve uma explosão de interesse em Crowley com os hippies e a psicodelia. No início de 1970 me deparei com a obra de Kenneth Grant,
e tornei-me extremamente interessado nela, a ponto de ingressar na
O.T.O. Tifoniana. Embora eu me dedicasse ao
trabalho de Kenneth Grant,
foi somente alguns anos antes que começasse
a entender o impulso do mesmo,
um processo de assimilação auxiliado
pelo meu trabalho mágico e místico, e por tornar-me editor de Grant em
1990.
Foi Kenneth Grant que me incentivou a lançar uma revista, Starfire, a primeira edição da qual foi publicada em 1986. Isto se transformou na Starfire
Publishing, que é agora a minha
ferramenta principal na propagação
da Gnose Tifoniana.
Desde o
início de 1990 eu tenho estado cada
vez mais interessado no trabalho de Austin Osman Spare ̶ tanto a arte como
a escrita.
Quando você encontrou Kenneth Grant pela primeira vez? Qual foi a sua impressão?
Meu prazo Probatório para a entrada na Ordem Tifoniana foi
concluído com êxito em janeiro de 1976, enquanto eu estava vivendo em um kibutz israelense. Em 1978 eu finalmente voltei de Israel, e encontrei Kenneth
Grant pela primeira vez pouco
depois. Naquela época, ele estava
encontrando novos participantes para
a Ordem como uma questão natural. Minhas impressões iniciais foram muito favoráveis, ele surgiu como
um intenso, articulado, inteligente e muito empenhado Thelemita.
No início de 1980 me tornei seu braço-direito na Ordem, uma posição que tem sido
um trabalho árduo, mas muito gratificante, e, no curso do qual eu
experimentei e aprendi muito.
Você pode nos dizer algo sobre suas características, seus hábitos e sua vida cotidiana?
Kenneth é muito perspicaz
ao preservar sua privacidade,
tanto quanto possível, então eu só posso falar de forma breve e geral. Ele é um homem de grande integridade e discernimento, e tornou-se cada vez mais recluso ao
longo dos anos. Eu não sei muito
sobre seus hábitos e sua vida
diária.
Em poucas palavras, o que exatamente é a
Tradição Tifoniana?
É comunhão com o que alguns têm chamado de "Lá Fora", sejam considerados como
os confins do espaço para além do
terrestre, ou as varreduras da consciência além da humana. Consciência é um continuum que abarca tudo, alcançando de forma muito mais ampla e profunda do que a consciência humana, que é relativamente
superficial e transitória. A
Tradição Tifoniana está interessada no encontro e exploração
dessas profundezas. Como Crowley comentou em um pós escrito do
capítulo 30 de Magick Without Tears:
Eu pensei em um
bom plano para colocar minha posição fundamental por si só em um
pós-escrito, para enquadrá-la. Minha
observação do Universo me
convence de que há seres de
inteligência e poder de uma qualidade
muito maior do que qualquer coisa que
podemos conceber como o ser
humano, que eles não estão necessariamente baseados nas estruturas cerebrais e nervosas que nós conhecemos, e que somente e única
chance para a humanidade avançar
como um todo é que os indivíduos façam
contato com tais Seres.
Esse é, em minha opinião, um resumo muito bom da
situação.
Os verbetes para a Tradição Tifoniana ou Draconiana
nos Glossários dos
volumes das Trilogias Tifonianas são
bastante diversificados. Nenhum deles são definições
estritamente falando, mas descrevem as
diversas facetas da Tradição. É
melhor tomar essas várias facetas
e tentar intuir a base a partir das quais elas brotam.
De que forma a Ordem Tifoniana (O.T.) é diferente
da O.T.O.?
Nos dias de Crowley
a O.T.O. operava em lojas onde as
iniciações eram conferidas
no curso de cerimônias em grupo, que eram quase-maçônicas em natureza; tanto quanto eu sei, é também o mesmo modelo da moderna O.T.O..
Na Ordem Tifoniana, iniciações
surgem no curso do trabalho mágico e da prática mística.
Quanto
às semelhanças entre a moderna O.T.O. e a Ordem Tifoniana é que ambas derivam da O.T.O. de
Crowley, e ambas têm como objetivo o estabelecimento da Lei de Thelema.
Quantas Lojas
ativas da O.T. estão no mundo hoje? Há alguma na
Grécia?
Atualmente, a Ordem Tifoniana não está
organizada em lojas, mas é
composta de membros individuais em
vários países ao redor do mundo.
Não temos quaisquer membros na Grécia no presente. Há
uma loja em Londres, que atua há muitos anos, e que
prossegue o trabalho com Lam
em nível de grupo.
Qual você acha que seja
o impacto geral de Grant para Thelema?
Nós vamos ser capazes de responder a essa
pergunta melhor em 50 anos ou mais. Em
minha opinião ele moveu Thelema para além dos limites de um culto de personalidade centrada em torno de
Crowley. Quando The
Magical Revival foi publicado em 1972, foi refrescante ler algo que não era simplesmente uma repetição de Crowley. Grant tinha feito mais evidente um alcance mais amplo e profundo
de Thelema, e suas afinidades com outros trabalhos mágicos e místicos,
tão bem como afinidades com atividades
que não são consideradas ocultas ou mágicas.
O fundamental para o
trabalho de Grant é a não-dualidade, uma
percepção que sustenta tradições tais
como Advaita, Sunyavada,
e etc. Consciência é um continuum,
no qual as entidades são agregações transitórias que não têm existências separadas, duradouras,
pois elas são como ondas – agregações transitórias dentro de um corpo de água. Inspiração e criatividade têm suas origens aqui, no que alguns têm chamado de inconsciente
coletivo, e que pode ser considerado imaginação cósmica.
Grant tem em minha opinião
desenvolvido o trabalho de Crowley.
É tarefa de um sucessor desenvolver o trabalho de seu antecessor.
No curso desse desenvolvimento, alguns elementos do trabalho anteriormente exercido são abandonados; inversamente, outras vias de abordagem podem ter sido
abertas. Desta forma, existe um corpo
vivo de trabalho, perpetuamente
reconstruído, que é passado de adepto para adepto.
Não há necessidade de cadeia formal de sucessão para que isso aconteça. Por exemplo, Crowley considerou a si mesmo
estar continuando o trabalho de Blavatsky, embora eu duvide que muitos membros da Sociedade Teosófica teriam concordado.
Nem precisa
esse re-desenvolvimento ser algo realizado
somente por algumas pessoas ilustres.
Nós todos nos aproveitamos de uma
variedade de fontes e influências,
transformando-as através de nossos
trabalhos mágicos e místicos. Neste sentido, somos todos
os sucessores de Crowley, Grant e
Spare – para citar apenas três adeptos
do ocultismo ocidental do século XX. Nós desenvolvemos os
seus trabalhos e por sua vez os transmitimos
aos outros. Trabalhando dentro de
uma tradição, não somente extraímos desta
tradição, mas contribuímos para ela também.
Alguns dos aspectos mais misteriosos na magia de Crowley são as figuras de LAM e Aiwass.
O que você acredita que eles eram,
e qual é a interpretação do Sr. Grant?
Existem algumas diferenças entre os dois,
em minha opinião. Aiwass transmitiu O
Livro da Lei a Crowley, e é minha opinião que a mesma inteligência estava na operação dos Trabalhos de Abuldiz
e Amalantrah, havia também alguns
trabalhos durante o período de Cefalu. Eu acredito que Aiwass e Inteligências
são como que agregações maiores ou mais altas de consciência. O retrato de Lam parece
ser uma quintessência do Trabalho de Amalantrah, e em particular do simbolismo do ovo, ao invés de uma
Inteligência da ordem de Aiwass.
Por outro lado, acredito que a Inteligência
se comunica conosco através de máscaras,
e ambos Lam e Aiwass são máscaras.
Sr. Grant escreveu algumas coisas muito interessantes sobre
o fenômeno UFO. Ainda assim, se passaram 60 anos desde o primeiro contato
de Kenneth A. Arnold, e ainda não temos nenhuma explicação real do que os OVNIs são... Quais são seus pensamentos hoje em dia para este assunto?
Estes não são,
provavelmente, visitantes de uma galáxia
a quatro bilhões de anos-luz em algum canto, mas intrusões em nossa consciência de outras dimensões de consciência, e nós interpretamos essas intrusões como externa. Eu não tenho
discutido isso em qualquer extensão com Kenneth Grant,
mas acredito que uma leitura das Trilogias Tifonianas vai levar a uma conclusão similar.
Nos livros de Grant há um monte de Yog
“Sogothery”!
Qual é a relação da O.T. com o Mito de Cthulhu e Necronomicon atualmente?
A Ordem Tifoniana tem a muitos anos uma
filiação formal com a Ordem
Esotérica de Dagon. Sim, há
um monte de Mito de Cthulhu no trabalho de Grant, mas há um grande mal-entendido sobre isso, muito disto deliberado. Nós não adoramos ou elevamos Cthulhu ou Yog-Sothoth ou
qualquer uma das outras divindades do Mito. A posição inicial de Grant, tal como estabelecido no The Magical Revival, era que havia
afinidades interessantes entre elementos de trabalho de Crowley e de Lovecraft. Mais
tarde, podemos ver as perspectivas em desenvolvimento que essas divindades
são máscaras de consciência. Finalmente, Grant expõe a sua compreensão do Mito de Cthulhu
em uma passagem em Outer Gateways que vale a pena citar extensamente:
Como outros contos de fases inclassificáveis da história da Terra, o Culto de Cthulhu
sintetiza o subconsciente e as forças de fora da consciência
terrestre. Pode-se dizer, de
passagem, que a verdadeira criatividade só
pode ocorrer quando essas forças são
chamadas para inundar com a sua luz a rede mágica da mente.
Para fins de explicação a mente pode
ser vista como dividida em três
salas, o edifício que as contém sendo
o único princípio real ou permanente. Estas salas são:
1) Subconsciente, o estado de sonho;
2) Consciência Mundana,
o estado de vigília;
3) Consciência Transcendental, velada ao não-iniciado pelo estado de sono.
Os compartimentos são também concebidos como sendo conectados com a casa que os contém, por
uma série de conduítes ou túneis.
A casa representa consciência trans-terrestre. As forças invocadas
– Cthulhu, Yog-Sothoth,
Azathoth, etc – são então entendidas, não como entidades malignas ou destrutivas, mas como as energias dinâmicas de consciência, as
funções das quais são para afastar
a ilusão da existência separada (as salas de nossa ilustração).
Você acredita que os Grandes Antigos
são entidades reais ou algum tipo de arquétipo psicológico?
Eles são
arquétipos, mas não no sentido de
serem internos, aspectos
psicológicos. Eles estão dentro
do continuum de consciência e,
portanto, nem externo, nem
interno.
Lovecraft tinha uma
constituição extraordinariamente sensível, e foi capaz de registrar movimentos dentro dessas faixas mais
profundas da consciência. A maior
parte destes registros foi feita no curso de seus sonhos vívidos, que ele
usou como base de suas histórias.
É útil para um magista moderno trabalhar com o atual Necronomicon, ou
você acha que é perigoso?
Eu acho que é útil se isso ajudar a lhe trazer a consciência da realidade – isto é, o continuum de consciência de que todos nós somos partes
transitórias – mas não tão útil
se perpetuar à ilusão de existência separada.
É
certo que neste momento há mais de 30 versões diferentes (publicadas) do Necronomicon
em todo o mundo! Qual
deles você acha que é melhor para
trabalhos realmente mágicos, e por quê?
Receio que não posso
ajudá-lo com isso. Eu li apenas
alguns deles. O Necronomicon
não me interessa muito, para ser
honesto, mas pelo que eu vi as várias
versões são tentativas de pastiche,
pedaços retirados daqui e dali.
Hoje em dia, a cultura Thelêmica
parece estar muito forte e viva. Você acha que as idéias e filosofia de Aleister Crowley
são mais necessárias hoje em dia do que
antes?
Não, eu não penso assim. Com a diminuição nestes
dias dos laços familiares e geográficos,
mais pessoas estão se voltando para
outros lugares em busca de significado
e substância para suas vidas.
Eu sinto que os tempos
em que vivemos são mais receptivos a Thelema do que nos dias
de Crowley, e o crescimento do interesse
pelo misticismo Oriental é a
vantagem de Thelema.
Thelema é
freqüentemente considerada como glorificação da individualidade, sobre a
base que “cada homem e cada mulher é
uma estrela”, com vista para o fato de
que as estrelas são partes integrantes
de galáxias e nebulosas, suas órbitas se entrelaçando com as órbitas de
outras estrelas. Mais uma vez, alguns podem achar que é paradoxal que Thelema esteja
enraizada na tradição da
não-dualidade, que tem uma profunda afinidade com o taoísmo.
Você já viajou para Grécia? Qual é a sua
opinião sobre o nosso país, a mitologia grega e a nossa tradição mágica?
Eu fui para a Grécia apenas algumas vezes
até agora, a caminho e na volta de Israel, em meados dos anos 1970. Ainda este
ano, minha esposa e eu vamos viajar para Delfos. A religião Grega não é algo sobre
o qual eu saiba muito, além dos Mistérios Eleusinos.
Você acha que há um futuro para o
ocultismo ocidental? O que seus representantes modernos tem de fazer para que
sobreviva e cresça ainda mais? Como você opera uma Ordem a fim de responder aos
desafios do mundo moderno?
Sim, há um futuro para o ocultismo
ocidental, e eu acho que o crescente interesse em estudos sobre a consciência
vai levar a um maior interesse em Ocultismo em geral. Eu não acho que os seus
representantes precisem fazer nada de especial. Eu não acho que existam desafios
do mundo moderno para a Ordem Tifoniana; continuaremos com o nosso trabalho
mágico e místico e nossos escritos.
Qual é a crença geral dos Britânicos para
a magia? Infelizmente, aqui na Grécia todo tipo de magia é automaticamente
considerado como Magia Negra e Malefício!
Não há realmente uma crença geral, embora
a maioria das pessoas provavelmente seja cética. Dito isto, três dos ocultistas
mais proeminentes do século XX – Crowley, Grant e Spare – eram Ingleses, então
talvez nós sejamos uma nação excêntrica.
Na sua opinião, qual deve ser o objetivo da
magia? Poderia ser a magia tão extravagante como é apresentada nos filmes? São
os seus resultados perceptíveis apenas no nível astral ou são, na verdade, um
processo psicodinâmico de auto-evolução?
No que diz respeito ao propósito:
explorarmos a consciência, tornando-nos conscientes de nossa mais ampla
identidade cósmica. Um dos aforismos de Spare diz que um místico é alguém que
percebe que há mais deles mesmos do que eles estão conscientes. Eu acho que a
magia apresentada em filmes é simplesmente fantasia. Eu gosto da frase “processo
psicodinâmico de auto-evolução”, acho que isso seja mais preciso.
Se você pudesse recomendar três livros que
constituem leituras essenciais para um iniciante interessado em aprender mais
sobre a magia, quais seriam eles e por quê?
The Magical Revival de Kenneth Grant é um excelente
levantamento de magia Thelêmica. The Confessions de Aleister Crowley é
uma introdução animada e informativa da vida de Crowley e seu trabalho. O terceiro
seria provavelmente Little Essays Toward Truth de Crowley. Eu suspeito
que nenhum destes sejam realmente para iniciantes, mas acho que você tem que
mergulhar a fundo.
Gostaria de partilhar conosco a mais
estranha experiência paranormal que você já teve?
Em
geral eu não tenho experiências paranormais. Há uma que fixa na minha memória,
no entanto. Muitos anos atrás, eu estava realizando o ‘Reguli’ de Crowley ou
‘Ritual da Marca da Besta’ em uma base diária. Houve muitos problemas na minha
vida naquele momento, e no fim do período de trabalho diário, havia um monte de
caos e violência me seguindo. Um dia, um carro explodiu em chamas quando eu
estava atravessando a rua, e havia um forte sentimento de conexão, como um
cordão umbilical ao meu plexo solar, eu sabia com certeza absoluta que este
incidente estava intimamente ligado com o meu trabalho do ritual.
Você poderia nos dizer algumas palavras
sobre a sua vida diária? Como é a vida diária de um magista?
Eu duvido que a minha vida seja muito
diferente da de outras pessoas – dormir, comer, beber, socializar com outras
pessoas, etc. A única diferença é que eu empreendo práticas mágicas e místicas,
talvez esteja mais consciente dos padrões e sincronicidades. É uma questão
difícil para eu responder, já que não divido minha vida em mágica e não mágica.
Na minha opinião todos os eventos são cobrados com significado oracular, e tudo
o que ocorre é parte de um padrão. Consciência cósmica, a lembrança de
identidade cósmica, é sempre apenas um batimento cardíaco distante, nos fez
saber disso. Andar em Hampstead Heath, ou alimentar o gato é tão mágico como
convocar os servos de Belial.
Você está atualmente preparando algum novo
livro? Talvez algumas obras inéditas do Sr. Grant?
Há uma série de novos títulos sendo
preparados para publicação pela Starfire Publishing, incluindo obras de Spare,
Achad, e um estudo comparativo de Crowley e Gurdjieff. Nós estaremos
republicando mais livros da série Trilogias Tifonianas. Já há algum tempo,
Kenneth Grant vem trabalhando em uma novela, Monolith: A Further Nightside
Narrative, mas eu não sei quando isso vai ser terminado.
Quanto ao meu próprio trabalho está caminhando,
recentemente terminei de escrever um ensaio intitulado “Lam and the Typhonian
Tradition”, que tem fins suficientemente soltos e áreas de maior
desenvolvimento para crescer em um livro em seu próprio direito. Ao longo dos
próximos meses, estarei escrevendo material novo para a próxima edição da
Starfire, e serão lançadas as bases para trabalhos mais importantes no futuro
próximo.
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NOTA:
Yog “Sogothery” é uma expressão aplicada pelo entrevistador como que para dizer
algo relacionado às teorias de Lovecraft de Yog-Sothoth. Thery não
existe em Inglês, mas há uma relação sutil com theOry (teoria), um jogo
de palavras. Traduzindo para o nosso idioma seria como Yog-Sogotheria.
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Posteriormente publicada no NecronomiconGnosis, Blog de George Ioannidis - um psicólogo, autor de vários livros de ocultismo (em grego) e editor chefe da revista MYSTERY, uma revista grega mensal dedicada ao paranormal, o oculto e mitologia.
©Tradução de Cláudio César de Carvalho - 2013
©Revisão de Lília Palmeira - 2013